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Carta Mensal - Outubro 2023

O que aconteceu de mais importante em inovação e tecnologia no mês de outubro compilado para você!



O que você vai ver nesse material:

  • Dados do mês: Atlassian anuncia aquisição da Loom e valuation cai 36%; QI Tech capta a maior rodada do ano no Brasil

  • Índices e ações: Big techs, Tech BR e Cripto

  • Análise macro: Brasil e mundo

  • Top Picks: Resultados Big Techs+ (3T23); performance das ações nos últimos cinco anos

  • Principais notícias do mês: WeWork pede recuperação judicial nos Estados Unidos; Uber oferecerá corridas com veículos autônomos

  • Recomendações: "IA Generativa e seus impactos no mercado" by Snaq e BRQ; Report "Top 10 Strategic Technology Trends for 2024" by Gartner

 

📈 Dados do mês



💵 Atlassian anuncia aquisição da Loom por US$ 975 milhões; valuation da startup cai 36% desde a última rodada

A Loom foi adquirida pela Atlassian por US$ 975 milhões em cash em outubro. A notícia chamou atenção, pois a rodada anterior (Série C, 2021) tinha precificado a startup em US$ 1,5 bilhão (valuation post-money). Ou seja, a aquisição saiu a um preço 36% abaixo da última rodada.



➡️ Sobre a Loom


Fundada em 2015 nos Estados Unidos, a Loom criou uma ferramenta de comunicação corporativa via videoconferência usada por 25 milhões de usuários de 350 mil empresas — Amazon, Disney, Apple e Tesla. Assim como o Zoom, a #Loom foi favorecida no contexto mais restritivo da pandemia em meados de 2020, que levou à aceleração do trabalho remoto no mundo corporativo.


Isso atraiu diversos investidores, e a Loom adquiriu o status de unicórnio em 2021. As rodadas de VC na Loom reúne grandes nomes do setor, conforme listado abaixo:

  • #PreSeed: Y Combinator (2012), 1517 Fund (2016) 🥇

  • #Seed: General Catalyst, Point Nine (2017) 🥈

  • #SérieA: Kleiner Perkins (2019) 🥉

  • #SérieB: Sequoia Capital (2019), Coatue (2020)

  • #SérieC: Andreessen Horowitz (2021)

Fonte: Crunchbase



Porém, em meio à escassez de recursos e venture capitalists mais criteriosos em comparação ao "boom" visto em meados de 2021 e início de 2022, as startups têm enfrentado dificuldades para manterem suas operações e optaram por deals que envolvem #downround.


Diante desse contexto desafiador, a Loom foi adquirida pela Atlassian por US$ 975 milhões. Esse valor é 36% menor em comparação ao valuation post-money da rodada Série C, registrada em maio de 2021.



➡️ Aquisição da Loom e tese da Atlassian


Em relação à #Atlassian, empresa australiana que oferece soluções voltadas para gestão do desenvolvimento de softwares (inclui #Jira, #Trello e #Confluence), tem um portfólio de 250 mil empresas clientes, que inclui Kiva, X (antigo Twitter), Nasa, Audi e Air France.


A aquisição visa ampliar a gama de soluções da #Atlassian com as aplicações de inteligência artificial (#IA) da Loom. Entre elas, estão transcrições de vídeos, resumos, documentos e fluxos de trabalho.


#ZoomOut: Mike Cannon-Brookes, co-fundador e co-CEO da Atlassian, disse após o anúncio de aquisição que o vídeo assíncrono é a próxima evolução da colaboração em equipe, e que a parceria com o Loom tornará a comunicação corporativa mais eficiente e humanizada.



💵 Investimentos de VC caem em outubro; valuation das startups late-stage mantêm maior queda, de 60%

Os investimentos de VC (global) totalizaram apenas US$ 21 bilhões em outubro, segundo dados do Crunchbase. Esse número representa uma queda de 24% A/A, puxada pelo menor apetite dos venture capitalists no período, sobretudo em estágios mais avançados.


O volume investido em setembro foi puxado especialmente por rodadas growth, com destaque para as empresas de IA #Anthropic (US$ 1,25 bilhão) e direção autônoma #StackAV (US$ 1 bilhão). Em outubro, as rodadas vieram abaixo de US$ 1 bilhão (exceto a maior rodada do mês, na empresa americana Metropolis, no valor de US$ 1,1 bilhão).



#ZoomOut: De janeiro a setembro de 2023, os investimentos de VC totalizaram apenas US$ 247 bilhões (vs. US$ 537 bilhões em 2022 e US$ 747 bilhões em 2021). Esse valor foi distribuído em 27,7 mil deals (estimativa), segundo dados do PitchBook.


Em meio a recursos escassos e down rounds, o valuation (mediana) das startups a nível global seguiu em trajetória de queda (em torno de -50% A/A), especialmente em estágios mais avançados (#latestage), que retornaram a patamares vistos em meados de 2020.


Em relação às startups #earlystage, apesar de sentirem o impacto dessa nova realidade de mercado de VC, seguem mais protegidos, segundo dados mais recentes da CB Insights, referentes ao segundo trimestre de 2023.



🤖 15 startups de IA adquiriram o status de unicórnio em 2023; Databricks lidera o ranking de empresas mais valiosas do setor

Na contramão da tendência para a maioria dos setores de VC, a inteligência artificial (#IA) atraiu a atenção dos investidores, com captações milionárias em empresas privadas, aquisições de outras empresas, parcerias com big techs e valuations bilionários.


Entre as três empresas privadas mais valiosas do setor hoje, estão #Databricks (aplicações de dados e IA, US$ 43 bilhões), #Cruise (empresa de carros autônomos da GM, US$ 30 bilhões) e #OpenAI (criadora do ChatGPT, US$ 29 bilhões).


Ao todo, 200 startups a nível global que oferecem soluções de IA. Desse total, 15 startups conquistaram o status de unicórnio em 2023. Nota-se que estão concentradas nos Estados Unidos e oferecem soluções de LLM (large language model) ou via plataformas.



Na 1ª posição do ranking do Crunchbase, está a #CoreWeave. Fundada em 2017, a empresa americana utiliza tecnologia em nuvem para escalar recursos de GPUs que são 35x mais rápidos e 80% mais baratos em comparação às soluções concorrentes.


Em abril, captou US$ 221 milhões e seu valuation post-money atingiu US$ 2,4 bilhões. A captação foi liderada pela Magnetar Capital, com participação da #NVIDIA, Nat Friedman (ex-CEO do GitHub) e Daniel Gross. O valor será direcionado para aplicações de IA, machine learning e efeitos visuais, em parceria com a NVIDIA.


#ZoomOut: Antes, a CoreWeave realizava operações de mineração de Ether, que foram encerradas antes do The Merge ser concluído em setembro de 2022.


➡️ Confira as principais notícias de IA no mês de outubro:


🟢 #Databricks adquire #Arcion por US$ 100 milhões. Antes, os clientes usavam soluções de terceiros (Informatica, Qlik, Alteryx, dentre outras) para inserir dados no Databricks. Com a aquisição da deeptech, a Databricks oferecerá uma solução própria de replicação de dados.


#ZoomOut: Em setembro, a Databricks captou US$ 500 milhões e seu valuation saltou para US$ 43 bilhões — é a 8ª empresa privada mais valiosa do mundo hoje. Sua plataforma serve para implementar, compartilhar e armazenar soluções de dados corporativos, análises e IA em escala.



🟢 #Google anuncia investimento de US$ 2 bilhões na #Anthropic. O acordo da big tech engloba um investimento inicial de US$ 500 milhões na empresa de IA e outros US$ 1,5 bilhão ao longo do tempo, com o objetivo de competir com a Microsoft, que realizou investimentos maciços na OpenAI. A startup responsável pelo chatbot Claude também receberá até US$ 4 bilhões da #Amazon.



🟢 #OpenAI registra receita anualizada de US$ 1,3 bilhão. Esse resultado foi impulsionado devido ao lançamento do ChatGPT Plus e ChatGPT Enterprise, usado por empresas como Microsoft, Stripe, Volvo e IKEA. Para fins de comparação, a empresa criadora do ChatGPT tinha registrado uma receita anual de apenas US$ 28 milhões em 2022 — ou seja, houve um salto de 45x!


#ZoomOut: No evento DevDay, realizado no dia 6 de outubro, Sam Altman, CEO da OpenAI, apresentou as atualizações do GPT e novas ferramentas de IA feitas em parceria com a Microsoft. Entre as novidades, estão o GPT-4 Turbo (versão mais barata e com informações atualizadas), a criação de GPTs personalizados e a “loja GPT” (para compra e venda de bots personalizados).



🦄 QI Tech capta US$ 200 milhões e conquista o status de novo unicórnio brasileiro; mercado de contas globais ganhará um novo player

No dia 31 de outubro, a QI Tech captou US$ 200 milhões (~R$ 1 bilhão). A rodada Série B, uma das maiores da história do Venture Capital (#VC) na América Latina, foi liderada pela gestora americana #GeneralAtlantic, com participação da #AcrossCapital.


➡️ Sobre a QI Tech


Fundada em 2018, a fintech oferece soluções B2B “as a service” de ponta a ponta (crédito, banking, empréstimos e DTVM). Recentemente, também recebeu a maior nota entre fintechs brasileiras do rating da Fitch.


Estima-se que a QI Tech tem R$ 5 bilhões de ativos sob custódia e já movimentou R$ 11 bilhões em operações de crédito em 2023. Seu público-alvo são empresas não financeiras de grande porte. Entre elas, estão #99, #Shopee, #QuintoAndar, #Enjoei, #Vivo e #Syngenta.


⚪ A QI Tech foi uma das primeiras fintechs a obter licença para atuar como #SCD (Sociedade de Crédito Direto). E, desde julho de 2023, opera como #DTVM (Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários).


Como uma DTVM, a QI Tech viabilizou a negociação de títulos de crédito no mercado secundário no modelo 24x7 (24 horas, sete dias por semana), conferindo mais agilidade e eficiência na hora de realizar essas operações.



➡️ Impactos do investimento na QI Tech


A QI Tech não divulgou seu valuation post-money, mas especialistas em VC afirmam que a fintech está avaliada em mais de US$ 1 bilhão e conquistou o status de novo unicórnio brasileiro. Além disso, vale destacar que foi o maior valor investido em uma startup brasileira em 2023.


De acordo com dados da Eqvista, apenas cinco rodadas Série B foram da ordem de US$ 200 milhões ou mais — entre elas, está a rodada liderada pela Sequoia Capital no GitHub, no valor de US$ 250 milhões, registrada em 2015.



⚪ O valor captado pela QI Tech será direcionado para sua estratégia de crescimento via M&A (fusões e aquisições) e desenvolvimento de produtos de infraestrutura. A QI Tech também pretende entrar com pedido junto ao Bacen para operar uma mesa de câmbio. Com isso, a fintech poderá incluir serviços como remessas e contas globais para suas empresas clientes. Go deeper.



➡️ QI Tech e o mercado de contas globais


O mercado bilionário de contas globais vem agregando cada vez mais players, de fintechs a "bancões". Integrada à plataforma dessas instituições junto com outros produtos e serviços financeiros, a "corrida" visa fidelizar seus clientes e gerar novas fontes de receita.


Segundo a Abecs, os brasileiros movimentaram US$ 5,9 bilhões (R$ 31 bilhões) só com cartões no exterior no primeiro semestre, alta de 36% A/A. Entre os destinos que concentraram a maior parte dos gastos dos brasileiros, estão Europa (R$ 14 bilhões), Estados Unidos (R$ 12 bilhões) e América Latina (R$ 3 bilhões).



De forma mais ampla, as contas globais digitais possibilitam usar o cartão de débito para fazer compras no exterior de forma mais ágil, fazer saques em moedas locais (dólar, euro, dentre outros), investir em ativos listados no exterior, por exemplo.


#ZoomOut: Isso também traz benefícios tributários para os consumidores. Para fins de comparação, os cartões tradicionais emitidos no Brasil aplicam IOF de 6,38% sobre o valor das compras; por sua vez, o IOF cobrado nas transferências de recursos da conta brasileira para a global é de apenas 1,1%. Go deeper.


Entre os eventos mais notáveis do mercado de contas globais, estão:



💰 Investimentos em VC na América Latina totalizam US$ 442 milhões; rodadas equity representaram 90% do valor

Conforme a tendência vista no mercado de VC a nível global, as startups latino-americanas captaram US$ 442 milhões, distribuídos em 57 rodadas, segundo dados da Sling Hub. Esse número representa uma queda de 21% T/T e 54% A/A.


Esse número abrange rodadas #equity, #receivablefunds e #debt. Desde o início do ano, as rodadas non-equity representaram entre 30% e 60% do volume aportado a cada mês. Em outubro, esse percentual caiu para 10%, o que sugere uma retomada do apetite dos VCs por rodadas equity na região, envolvendo a venda de quotas da startup e os investidores assumem o risco.



Considerando apenas os aportes da modalidade #equity, o valor foi de US$ 410 milhões (-40% A/A) investidos em startups latino-americanas. Esse valor considera o aporte Série B de US$ 200 milhões na QI Tech, considerada a maior rodada do ano entre as startups brasileiras.



➡️ Confira os outras rodadas de empresas brasileiras registradas em outubro:


🟢 #Bionexo capta R$ 100 milhões (Private Equity). Fundada em 2000, a healthtech criou um marketplace B2B por assinatura, que conecta hospitais e clínicas a 30 mil fornecedores de suprimentos médicos. O valor será direcionado para novas M&As. A Bain Capital fez seu 1º investimento na Bionexo em outubro de 2021. Nesta ocasião, a gestora investiu R$ 340 milhões na healthtech e se comprometeu a investir outros R$ 100 milhões caso precisasse de mais recursos.


🟢 #TheCoffee capta US$ 10 milhões (~R$ 50 milhões). Fundada em 2018, a startup brasileira criou uma rede de cafeteria tech com estética minimalista, com unidades em diversos países. A rodada foi liderada pela gestora CapSur. A proposta do negócio é ser uma espécie de “nova Starbucks”, focada na qualidade do grão e torra. Com o aporte, a The Coffee mira sua expansão internacional.


🟢 #ParcelaMais capta R$ 45 milhões. Fundada em 2021, a fintech oferece crédito para procedimentos estéticos, médicos, odontológicos e veterinários. Os valores podem ser parcelados em até 24x. Os recursos estão sendo aportados pela SRM Ventures, braço de venture capital da gestora SRM Asset. O valor será direcionado para ampliar a antecipação de recebíveis, capital de giro e adquirência.

 

📈 Índices e ações



📊 Índices e ações tech encerram o mês no vermelho devido a fatores externos; temporada de resultados movimenta o mercado

O cenário de tensão geopolítica desencadeada no Oriente Médio provocou uma queda generalizada nos mercados de ativos de risco em meados de outubro. Os principais índices de referência (S&P 500 e Nasdaq) encerraram o mês no vermelho.


O desempenho das big techs+ acompanhou as divulgações de resultados referentes ao terceiro trimestre no fim de outubro. Os destaques negativos foram a Tesla e a Alphabet (Google). Confira a análise completa sobre os resultados das gigantes da tecnologia na seção Top Picks.


Em relação ao #Ibovespa, encerrou o mês no patamar dos 113 mil pontos e acumulou uma queda de 3%. As empresas de tecnologia listadas na B3 seguiram essa tendência, sendo um dos setores mais penalizados no período.


Além do conflito no Oriente Médio, outros fatores que determinaram seu desempenho foram o avanço dos títulos do Tesouro Americano (T-bonds) e os ruídos em relação à condução da política fiscal no Brasil. Para mais detalhes, confira a seção Análise Macro.




🪙 Bitcoin dispara e acumula alta de 100% em 2023 após o recuo da SEC; crise da FTX ganha um novo capítulo

O mercado cripto experimentou uma performance positivo após rumores de que SEC (CVM dos Estados Unidos) aprovaria o 1º ETF com exposição direta ao Bitcoin (#BTC) na 2ª quinzena de outubro. Outro fator que determinou seu desempenho ao longo do mês foi o temor dos mercados em relação aos conflitos no Oriente Médio.


A criptomoeda mais valiosa da atualidade, o #BTC, acumulou uma alta de 24% e encerrou o mês no patamar dos US$ 35 mil (1 BTC = R$ 174 mil). Foi o 2º melhor desempenho mensal desde o início do ano, atrás do mês de janeiro.



🟢 No dia 23 de outubro, além dos rumores de aprovação do ETF cripto, os investidores ficaram otimistas com o recuo da SEC no caso da gestora #Grayscale e da #BlackRock e a retirada das ações movidas contra os executivos da Ripple Labs no processo em que considerou que o token #XRP era um “valor mobiliário não registrado”.


🟢 Outra notícia que movimentou o mercado cripto nas últimas semanas foi a condenação de Sam Bankman-Fried (SBF) por fraude na #FTX. O julgamento teve início em outubro e SBF foi declarado culpado das sete acusações de fraude e conspiração feitas contra ele. Juntas, elas podem somar uma pena de 100 anos de prisão.


#ZoomOut: Conhecida com uma das maiores fraudes financeiras dos Estados Unidos, o caso da FTX veio à tona em novembro do ano passado e gerou prejuízo de US$ 8,9 bilhões aos clientes da exchange. Para relembrar tudo o que aconteceu, confira nosso review sobre a FTX aqui.


🟢 Em paralelo, #Gemini, #Genesis e #DCG foram processadas por fraude de US$ 1,1 bilhão. As empresas foram acusadas pela procuradora-geral de Nova York de não explicarem os riscos de um programa de empréstimos de criptomoedas aos clientes, lançado em 2021.


Mais de 230 mil investidores foram prejudicados por operações das três empresas. Os ativos do empreendimento entraram em colapso no ano passado em meio a diversas falências, com destaque para a a Three Arrows Capital (3AC) e a Alameda Research, do grupo da FTX.



Confira outras notícias do mercado cripto:


➡️ XP e PicPay anunciam fim das operações com criptoativos

Lançada em maio de 2022, a Xtage (plataforma cripto da #XP Inc.) interrompeu as negociações de compra e venda ativos digitais. Os clientes poderão acessá-la até o dia 15 de dezembro para fazer saques em reais, sem direito a portabilidade. As razões para o fim das atividades não foram informadas oficialmente.


Em relação ao #PicPay, disse que encerrou as operações cripto devido às incertezas regulatórias do setor. Os clientes que têm saldo em criptoativos poderão fazer portabilidade dos tokens para a #Foxbit ou liquidá-los sem taxa até o dia 11 de dezembro.



➡️ Magazine Luiza fecha parceria com Mercado Bitcoin para negociar criptoativos

A infraestrutura do MB Cloud (”cripto as a service”) foi integrada ao #Magalu e MagaluPay. Com ela, os clientes da varejista poderão comprar e vender criptoativos (Bitcoin, Ether e USDC) de forma simplificada no aplicativo. Em relação ao lançamento de um token nativo próprio, nomeado de “Lucoin”, segue em análise e não fará parte desse início de operação.


#ZoomOut: Além do Magalu, outra empresa que está indo na contramão dos concorrentes XP e PicPay é o BTGPactual, que anunciou diversos investimentos e parcerias do mercado cripto desde a criação da Mynt.

 

🔍 Análise Macro



🌎 Macro Global

Em outubro, o cenário externo foi marcado pela instabilidade em função das incertezas geradas pela economia dos Estados Unidos (destaque para o crescente déficit fiscal) e escalada de tensões geopolíticas no Oriente Médio.


Nos Estados Unidos, o FOMC decidiu manter a taxa de juros no intervalo de 5,25% a 5,50% a.a. pela 2ª vez consecutiva — é o maior nível desde 2001. A decisão considerou a resiliência da economia americana, com forte expansão da atividade econômica no terceiro trimestre, taxa de desemprego baixa e inflação elevada.


No Velho Continente, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a taxa principal de juros em

4,50% a.a. em função da desaceleração da atividade econômica e da inflação. Contudo, o BCE reforçou que as taxas podem continuar altas por mais tempo devido aos riscos inflacionários a nível global (em especial nos Estados Unidos) e pressões salariais locais.



🚩 Macro Brasil

Na 258ª Reunião do Copom, realizada entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro, foi decidido cortar a taxa básica de juros (Selic) para 12,25% ao ano (-0,5 p.p.).


A decisão considerou i) o ambiente externo adverso, em função da resiliência da inflação e juros altos por mais tempo a nível global, somada às novas tensões geopolíticas; e ii) a evolução do processo de desinflação no cenário doméstico.


#ZoomOut: O Copom disse que continuará com sua estratégia de manter os cortes da Selic em 0,50 p.p. nas próximas reuniões, tendo em vista manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. Em relação à possibilidade de mudança da meta de déficit primário, esta não foi mencionada na Ata do Copom.



🎯 Top Picks: Resultados Big Techs+ (3T23)


🍿 Netflix

Depois de um 2022 turbulento e uma série de mudanças estratégicas — novos CEOs, fim do aluguel de DVDs, fim do compartilhamento de senhas, dentre outras —, a Netflix surpreendeu Wall Street com resultados positivos. A gigante acrescentou quase 9 milhões de assinantes, dado o fim do compartilhamento de senhas e o lançamento de títulos de sucesso no período. Go deeper.


A companhia também anunciou um aumento de preço nas assinaturas dos Estados Unidos, Reino Unido e França — principais fontes de receita por país — e segue apostando em novas verticais, como games e transmissão de esportes ao vivo.

  • Número de assinantes (global): 247 milhões (+11% A/A)

  • Receita: US$ 8,5 bilhões (+8% A/A) | Lucro: US$ 1,6 bilhão (+20% A/A)




🚗 Tesla

Os resultados da companhia de Elon Musk vendeu apenas 435 mil veículos no 3T23 — abaixo do esperado pelo consenso, de 455 mil unidades. O motivo? O aumento da concorrência no mercado de veículos elétricos (EV) e a redução do poder de compra dos consumidores. Go deeper.


Conforme observamos o gráfico, os EV da Tesla tinham preços altíssimos no início de 2018, em torno de US$ 85 mil (média), uma vez que o mercado era monopolizado pela companhia. Hoje, os compradores podem escolher entre 500 modelos de EV — desse total, 200 modelos foram lançados em 2023.


O preço médio do #Model3 (modelo básico) caiu de US$ 40.240 para US$ 38.990, enquanto o #ModelY (alta performance) caiu de US$ 50.990 para US$ 45.990. Para fins de comparação, o Model 3 é vendido por um valor US$ 4.930 menor que a média dos veículos zero quilômetro comercializados nos Estados Unidos.


Por outro lado, a companhia apresentou avanços na vertical de geração e armazenamento de energia (+40% A/A) e segue apostando em IA e veículos autônomos.

  • Veículos entregues: 435 milhões (+27% A/A)

  • Receita total: US$ 23,3 bilhões (+9% A/A) | Margem bruta: 17,9% (-719 bps)

  • Lucro: US$ 1,8 bilhão (-44% A/A)



🎶 Spotify

A gigante do streaming realizou diversos cortes de custos — em especial na divisão de podcasts e aumentou dos preços de assinaturas, que levaram a cifras acima do esperado no trimestre, com destaque para o registro de lucro pela 1ª vez desde 2021. Go deeper.


O Spotify também registrou a 2ª maior adição líquida por trimestre da sua história, com 6 milhões de novos assinantes. Em meio ao declínio da representatividade de assinaturas Premium (~80% da receita gerada), segue apostando em novos catalisadores de receita, como audiolivros.

  • Usuários ativos (MAUs): 574 milhões (+26% A/A)

  • Receita (total): € 3,3 bilhões (+11% A/A)

  • Lucro operacional: € 32 milhões (vs. prejuízo € 228 milhões)




💻 Microsoft

A big tech colheu os frutos das suas investidas em IA generativa e nuvem e recuperação do mercado de PCs no trimestre, pressionada nos períodos anteriores pela i) fraca de consumidores e clientes empresariais; e ii) mudanças nas prioridades de orçamento de TI. Go deeper.


A integração das soluções da OpenAI (empresa criadora do ChatGPT) aos seus produtos e serviços, com foco em clientes corporativos, fez a Microsoft experimentar o maior crescimento de vendas desde 2021.


Em paralelo, a Microsoft concluiu a maior aquisição da indústria dos games. Após um ano e meio de negociações, a big tech obteve o aval para adquirir a #ActivisionBlizzard por US$ 69 bilhões. Com isso, a Microsoft saltou da 5ª para a 3ª posição do ranking das maiores empresas do setor — atrás da #Tencent e da #Sony.


#ZoomOut: A operação foi concluída depois do acordo de aquisição ser reformulado, dadas as objeções antitruste do regulador britânico. Entre as principais mudanças, a Microsoft abriu mão de direitos de streaming em nuvem do Call of Duty.

  • Receita (total): US$ 56,5 bilhões (+13% A/A)

  • Receita Intelligent Cloud: US$ 24,3 bilhões — 43% da receita total

  • Lucro: US$ 22,3 bilhões (+27% A/A)




🔎 Alphabet

A controladora do Google apresentou cifras consolidadas acima do esperado e integrou diversas ferramentas de IA no trimestre. Porém, a big tech registrou uma desaceleração do Google Cloud em meio às investidas e crescimento dos concorrentes no mercado de computação em nuvem — destaque para a Microsoft.

  • Receita: US$ 76,6 bilhões (+11% A/A)

  • Google Cloud: $8,4 bilhões (+22% A/A) — abaixo das expectativas, de US$ 8,6 bilhões

  • Lucro: US$ 19,6 bilhões (+42% A/A)




♾️ Meta (Facebook)

A retomada da demanda por anúncios, somada às mudanças estratégicas, cortes de custos e investidas em IA, impulsionou os resultados da big tech no 3T23. Outro destaque positivo foi a redução do prejuízo gerado pela vertical “Reality Labs” (metaverso). Go deeper.


Porém, houve temor em Wall Street após a Meta informar que fatores macroeconômicos e conflitos geopolíticos no Oriente Médio podem gerar efeitos negativos na vertical de publicidade no próximo trimestre.

  • Usuários ativos (MAP*): 3,9 bilhões (+7% A/A)

  • Receita total: US$ 34,1 bilhões (+23% A/A)

  • Lucro: US$ 11,5 bilhões (+164% A/A)

*MAP: Usuários ativos mensais no Instagram, WhatsApp e Facebook



🛍️ Amazon

A big tech apresentou vendas robustas nas verticais de varejo e publicidade no 3T23, em função da demanda de novos clientes e aplicações de IA generativa. As vendas da AWS vieram pouco abaixo do esperado pelo consenso.


O lucro foi impulsionado pelo ganho de US$ 1,2 bilhão com a Rivian Automotive, após uma sequência de perdas nos trimestres anteriores. Vale lembrar que a Amazon é a maior acionista da produtora de vans elétricas de entregas, com uma participação de 17% no negócio.


Em relação ao guidance da Amazon para as vendas do varejo no 4T23 — período que inclui Black Friday e Natal — ficou entre US$ 160 bilhões e US$ 167 bilhões, em linha com o esperado pelo consenso (US$ 166 bilhões).

  • Vendas (total): US$ 143 bilhões (+13% A/A)

  • Vendas AWS: US$ 23,1 bilhões (+12% A/A)

  • Lucro líquido: US$ 9,9 bilhões (+244% A/A)




🍎 Apple

Apesar da queda das vendas na China (2º maior mercado da Apple), devido às iniciativas da Huawai no país, as vendas globais de iPhone (~50% da receita total) vieram acima das estimativas no 3T23. O destaque positivo foi a divisão de Serviços.


Porém, a Apple sinalizou que as vendas do próximo trimestre devem ser menor que o esperado, especialmente nas divisões de hardware (iPad, Mac e iPhone).

  • Vendas (total): US$ 89,4 bilhões (-1% A/A)

  • Vendas iPhone: US$ 43,8 bilhões (+3% A/A) | Vendas Serviços: US$ 22,3 bilhões (+16% A/A)

  • Lucro: US$ 22,9 bilhões (+11% A/A)



📊 Performance das ações das big techs+ nos últimos cinco anos; Tesla e NVIDIA experimentam maiores altas

Depois de um ano desafiador, 2023 inaugurou o "boom" da IA generativa que levou a uma onda de otimismo em relação às empresas de tecnologia, devido às expectativas de novos catalisadores de receita (e lucro). Em termos de alta acumulada desde o início do ano pelas big techs+, as ações em destaque são #NVIDIA (+190%), #Meta (+150%) e #Tesla (+100%), respectivamente.


➡️ #NVIDIA: Em função da alta demanda por processadores de última geração, utilizados para treinar ferramentas de IA generativa (visto como o tema do ano de 2023), as vendas da vertical "Data Center" foram impulsionadas nos últimos meses. Essa demanda tem origem em gigantes da tecnologia, como a Microsoft (investidora da OpenAI). Go deeper.


➡️ #Meta (Facebook): Depois de cenário desafiador e dúvidas quanto aos investimentos bilionários no metaverso, que levaram à queda de 60% das ações em 2022, Mark Zuckerberg anunciou uma série de mudanças estratégicas em busca de eficiência. Somada à retomada da demanda por anúncios, a Meta mostrou sua capacidade de geração de receita (e lucro). Go deeper.


➡️ #Tesla: As ações da montadora de Elon Musk experimentaram a maior alta entre as big techs+ nos últimos cinco anos (+850%!), favorecida por sua posição quase monopolista no setor de carros elétricos e lucros crescentes. Porém, a companhia experimentou no período mais recente margens pressionadas, em função do aumento da concorrência e da redução do poder de compra dos consumidores.


 

📩 Principais notícias do mês



A empresa de coworking conseguiu fechar um acordo com 92% dos credores e reduziu cerca de US$ 3 bilhões em dívidas. Em 2023, as ações da WeWork acumulam uma desvalorização de 99% e seu valor de mercado atual é de US$ 144 milhões. Confira os principais números da WeWork:

  • 777 locais em 39 países | US$ 15 bilhões em ativos | US$ 18 bilhões em dívidas

#ZoomOut: Em 2019, a WeWork obteve um valuation de US$ 47 bilhões, tornando-se a empresa privada mais valiosa no mundo nesta ocasião. Porém, se deparou com uma série de problemas de governança, margens apertadas e baixa demanda por escritórios durante e após a pandemia.



A expectativa é que os serviços financeiros serão integrados na plataforma até o fim de 2024.. Recentemente, o X passou a integrar chamadas de áudio e vídeo também. As duas iniciativas visam torná-lo um “aplicativo de tudo”.


#ZoomOut: Um ano após a aquisição por Elon Musk, o X (antigo #Twitter) perdeu 30% da receita gerada com publicidade e 65% do seu valor de mercado.



A novidade está disponível na região metropolitana de Phoenix, nos Estados Unidos, e faz parte de uma parceria entre a Uber e a Waymo— empresa de veículos autônomos da Alphabet (Google). Ao solicitar a corrida, o usuário poderá aceitar ou não ir com um veículo autônomo. Hoje, a Waymo faz 10 mil corridas por semana.

 

📌 Recomendações do mês


A IA Generativa veio para ficar? Qual seu impacto em nossas vidas? Entenda tudo sobre essa tecnologia e como ser aplicada aos negócios no novo report da Snaq, feito em parceria com a BRQ. Go deeper.


Confira as inovações tecnológicas (e as tendências em torno de sua evolução e uso) que estão por vir em 2024, especialmente na era de rápida evolução da IA.



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