Um resumo atualizado dos principais indicadores da companhia das redes sociais mais populares do mundo, liderada por Mark Zuckerberg!
🔎 Conheça a história da Meta
Em 2004, na Universidade de Harvard, Mark Zuckerberg teve uma ideia: criar uma plataforma online para conectar os estudantes em um ambiente virtual, denominado Facebook. O negócio foi um sucesso e bilhões de pessoas ao redor do mundo passaram a usá-lo. A partir disso surgiu uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.
A companhia é controladora das redes sociais mais populares do mundo (Facebook, Messenger, WhatsApp e Instagram) e não parou por aí. Em outubro de 2021, o Facebook ganhou um novo nome: Meta. O motivo? Liderar o "próximo capítulo da conexão social”, no qual novas formas de interação são desenvolvidas no metaverso — ambiente virtual imersivo e colaborativo.
Confira os principais números apresentados pela Meta (Facebook) no 2T23:
Número de usuários ativos no Facebook (DAUs): 2,1 bilhões (+86%)
Receita total US$ 32 bilhões (+11% A/A)
Lucro: US$ 7,7 bilhões (+16% A/A)
🎯 Modelo de negócio da Meta
O modelo de negócio da Meta é centrado na oferta de #aplicativos gratuitos (Facebook, Messenger, Instagram, WhatsApp e Threads), os quais geram receita (e lucro) com #publicidade. Hoje, 98% do faturamento total da big tech é gerado por anúncios! Go deeper.
A Meta coleta dados sobre os tipos de #conteúdo consumimos e reagimos em seus aplicativos e sites externos. Com base nisso, os algoritmos do Facebook podem estimar seu perfil pessoal (idade, religião, posicionamento político, status de relacionamento, dentre outros) e categorizá-lo.
Funciona da seguinte forma:
Usuários da Meta clicam, curtem e comentam uma determinada publicação (exemplo: post no Instagram sobre cultivo de flores);
Os algoritmos criam categorias (exemplo: pessoas que gostam de páginas sobre jardinagem e vivem no Brasil).
A big tech cobra para mostrar anúncios para esse grupo específico de pessoas (exemplo: empresa de jardinagem que visa divulgar seus produtos para vender mais).
Vale destacar que o principal #cliente dos aplicativos da Meta não são seus usuários, e sim os anunciantes. E o mais importante: o que torna a big tech tão valiosa é seus 2 bilhões de usuários ativos diariamente (#DAUs) — essa métrica, que é divulgada nos relatórios trimestrais da Meta, contabiliza apenas o Facebook e o Messenger.
O número de usuários ativos diários (#DAUs) no Facebook chegou a 2,1 bilhões no 2T'23 (+5% A/A). Essa métrica é calculada a partir do login e visita ao aplicativo feita por usuário em um determinado dia. Em relação ao número de usuários ativos mensais (#MAUs), totalizou 3,1 bilhões (+3% A/A).
Nota-se que o crescimento da base de #usuários do Facebook está declinando em função: i) entrada de novos concorrentes no segmento de redes sociais (exemplo: TikTok e X). O principal desafio para a Meta é gerar novos catalisadores de receita no médio/ longo prazo. Por conta disso, a Meta tem apostado em uma nova forma de socialização: o #metaverso.
🌌 Metaverso & Inteligência Artificial: as novas grandes apostas da Meta
Em outubro de 2021, Mark Zuckerberg anunciou que a big tech passaria por um rebranding: o Facebook Inc. se chamaria Meta, em referência ao seu novo foco: o #metaverso. O termo surgiu na obra de ficção científica ‘Snow Crash" (1992), de Neal Stephenson, que descreve pessoas interagindo com avatares programáveis em um espaço virtual tridimensional (#3D).
#ZoomOut: Especula-se também que a iniciativa foi promovida com o objetivo de tirar o foco das acusações feitas contra a empresa — violação de dados de usuários, interferência em processos eleitorais nos Estados Unidos e Brasil, dentre outras.
Desde então, a Meta realizou investimentos maciços em P&D (#Pesquisa & #Desenvolvimento de produtos) focados no metaverso, como softwares e hardwares de Realidade Aumentada (#AR) e Realidade Virtual (#VR).
#ZoomOut: Nesse sentido, a Meta também tem promovido diversos avanços no campo de inteligência artificial (#IA), com modelos cada vez mais sofisticados — destaque para um dos principais lançamentos, o modelo LLaMA2 —, em função do grande volume de dados retidos pela big tech. Go deeper.
Qual é a diferença entre Realidade Virtual e Realidade Aumentada?
Realidade Aumentada (#AR): experiência que mistura o ambiente virtual com o mundo real (exemplo: Pokémon Go, Snapchat e Google AR).
Realidade Virtual (#VR): ambiente imersivo digital, no qual os usuários podem explorar e interagir com objetos virtuais. Em geral, isso é geralmente feito com dispositivos como usando óculos e fones de ouvido VR (exemplo: Meta Quest 2)
Os projetos de longo prazo inclui I) interfaces neurais com eletromiografia para pessoas controlarem dispositivos; e II) novas interfaces, a partir de avanços em #IA e hardwares. Esses produtos devem ser lançados a partir de 2030, segundo o relatório da Meta.
🎯 Estratégia de M&A da Meta
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, destacou que a estratégia de M&A da companhia é orientada para a aquisição de talentos. Nota-se também que a maioria dessas operações encerrou as atividades de empresas concorrentes e seus produtos.
No total, a Meta adquiriu 101 empresas. As aquisições mais notáveis feitas pela Meta incluem negócios que i) expandiram sua base de #usuários nas redes sociais; e ii) posiciona a big tech no mercado emergente de realidade virtual (#VR). Entre elas, estão:
#WhatsApp (2014): US$ 19 bilhões
#Oculus (2014): US$ 2 bilhões
#Instagram (2012): US$ 1 bilhão
💰 Receita e lucro da Meta
A Meta divide seu negócio em dois segmentos: "Family of Apps" e Reality Labs". Conforme visto nas seções anteriores, 99% do faturamento total da Meta é gerado a partir de anúncios nos seus aplicativos de redes sociais (Facebook, Messenger, Instagram).
A receita média por usuário (#ARPU) avalia a capacidade da plataforma de monetizar seus usuários. Essa métrica é calculada pela receita gerada em uma determinada região — Estados Unidos e Canadá são as mais rentáveis —, dividida pela média de usuários ativos mensais.
A receita total da Meta chegou a US$ 32 bilhões no 2T'23 (+11% A/A). Depois da trajetória de desaceleração de receita em 2022, a big tech apresentou um resultado acima do esperado pelo mercado, refletindo as diretrizes do "Ano da Eficiência" anunciado por Zuckerberg.
Nota-se que a família de #aplicativos ("family of apps") responde por 100% do lucro gerado pela Meta. Desde a sua criação em 2021, a vertical representada pelo #metaverso ("Reality Labs") opera com prejuízo bilionário.
O lucro líquido da Meta totalizou US$ 7,8 bilhões no 2T'23 (+16% A/A). Em termos de lucro gerado por segmento, "Family of Apps" totalizou US$ 13,1 bilhões (+18% A/A), enquanto "Reality Labs" gerou um prejuízo de US$ 3,7 bilhões (+33% A/A). O lucro por ação ficou em US$ 2,98 no período.
📈 Ações Meta (NASDAQ: META)
Em 2023, a Meta (Facebook) apresentou uma série de resultados acima do esperado pelo consenso, em função dos cortes de gastos, melhorias na vertical de #publicidade nas redes sociais, soluções de IA (destaque para o #LLaMA2) e mais clareza quanto às investidas no #metaverso.
Assim, as ações NASDAQ:META tiveram alta de 7% no after market após a apresentação de resultados do 2T'23 .
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