O que aconteceu de mais importante em inovação e tecnologia no mês de agosto, compilado para você!
O que você vai ver nesse material:
Dados do mês: Janela de IPOs; Investimentos VC no Brasil ultrapassam US$ 1 bilhão
Índices e ações: Big techs, Tech BR e Cripto
Análise macro: Brasil e mundo
Top picks: Resultados NVIDIA e Fintechs BR
Principais notícias do mês: OnlyFans movimenta US$ 5,6 bilhões e CEO obtém dividendos milionários; Crise da 123milhas
Recomendações: Report "Construções Inteligentes" by Construflow; #SnaqReview: Meta e NVIDIA
O setor de construção civil movimentou mais de US$ 7 trilhões globalmente e foi responsável por 8,6% do PIB brasileiro em 2021. Mesmo com tamanha representatividade, a produtividade do setor cresce a apenas 1/3 do ritmo de desenvolvimento da produtividade global.
Com o propósito de transformar esse cenário, a Construflow e a Snaq produziram um report exclusivo mostrando tendências e casos práticos para uma construção mais inteligente, além de dicas de especialistas para impulsionar esse mercado.
O que você vai ver?
Big numbers do setor da construção civil
Estudo exclusivo da Construflow, com mais de 178 mil apontamentos, sobre os maiores erros de projetos e obras no Brasil
Investimentos em tecnologias emergentes e construtechs
IA generativa e suas aplicações na construção
Dicas de tecnologia na construção com Cícero Sallaberry (CEO da Construflow) e Natalia Villagean (Gerente de Obras na Dimas Construções)
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📈 Dados do mês
💻 Indústria de semicondutores ultrapassa US$ 530 bilhões; Guerra dos chips movimenta os mercados
Os semicondutores são cruciais para a vida moderna, pois são componentes fundamentais para a produção de dispositivos amplamente utilizados no mundo moderno — inclui smartphones, PCs, veículos, sensores, dentre outros. Mais recentemente, esse setor ganhou um novo impulso: a inteligência artificial!
Estima-se que a receita (global) da indústria de semicondutores ultrapasse US$ 530 bilhões em 2023. A ruptura das cadeias de produção durante a pandemia produziu efeitos negativos no setor, que deve à normalidade de crescimento partir de 2024. Em paralelo, os Estados Unidos e a China travam uma "guerra" com o objetivo de liderar a produção global de semicondutores.
Entre as empresas líderes da indústria de semicondutores, está a #Intel. Em 2023, a empresa americana tem a marca mais valiosa do setor (global), com US$ 22,9 bilhões, logo à frente da chinesa #TSMC, com US$ 21,6 bilhões. Ambas são fabricantes de chips de primeira linha.
Em termos de receita gerada no 2T'23 (% do total no setor), a #Intel ocupou a 1ª posição do ranking, em meio à desaceleração do segmento de memória, que prejudicou o desempenho de grandes players, como #Samsung. Mas o grande destaque do período foi a #NVIDIA, que saltou para a 2ª posição, favorecida pelo "boom" das aplicações de inteligência artificial. Go deeper.
➡️ Outras notícias sobre a indústria de semicondutores (agosto 2023)
#Intel e #TowerSemiconductor cancelam acordo de fusão. Em 2022, foi anunciado um acordo de aquisição da empresa israelense, no valor de US$ 5,4 bilhões. Porém, a iniciativa foi cancelada por não obter a aprovação regulatória da China no prazo estabelecido entre as empresas.
460 empresas manifestam interesse em obter subsídios do governo americano para pesquisa, desenvolvimento e produção de semicondutores no país. Em 2022, o governo dos #EstadosUnidos anunciou a liberação de US$ 52,7 bilhões em subsídios, a fim de torná-lo líder global do setor.
Em meio à "guerra dos chips", a #China restringiu as exportações de dois elementos fundamentais para a produção de semicondutores: gálio (80% da produção global) e germânio (60%).
#Neuralink capta US$ 280 milhões (Série D). Fundada em 2017, a empresa de Elon Musk especializada em chips cerebrais está avaliada em US$ 5 bilhões. O aporte foi liderado pela empresa Founders Fund, meses depois de obter aprovação para seu primeiro teste clínico em humanos.
#ArmHoldings se prepara para abrir capital na Nasdaq. A empresa é especializada em arquitetura de chips e seu portfólio de clientes inclui Apple, Intel e NVIDIA. O IPO da Arm está previsto para ocorrer em meados de setembro e entre os principais interessados em investir na empresa está a Amazon e a Apple.
💰 Janela de IPOs: conheça as três empresas que se preparam para abrir capital e seus impactos no ecossistema de inovação
A expectativa de melhoria no cenário macro, sobretudo a partir de 2024, traz no horizonte uma inversão da dinâmica vista nos mercados públicos e privados a nível global após a pandemia. Um efeito concreto disso é a abertura de capital das empresas #Arm, #Instacart e #Klaviyo.
O desempenho da abertura de capital nos próximos meses será crucial para validar essa tese. Na prática, se os IPOs forem bem sucedidos, poderá abrir caminho para outras empresas do setor de tecnologia conquistarem novos investimentos em estágios avançados (late stage) e exits.
Nota-se que houve uma queda expressiva do #valuation, em comparação às últimas rodadas, o que indica uma janela de IPOs com valores inferiores aos registrados durante o "boom" do mercado de venture capital entre meados de 2021 e início de 2022. A seguir, apresentamos os detalhes sobre as três empresas que farão IPO em setembro.
➡️ Sobre a Arm Holdings
Fundada em 1990 como uma joint venture entre Acorn Computers, Apple e VLSI Technology, a Arm Holdings é uma empresa multinacional de semicondutores que projeta, produz e licencia IP para desenvolvimento de produtos eletrônicos. Em 2016, a Arm foi adquirida pelo #SoftBank.
#ZoomOut: Em 2020, a #NVIDIA fez uma proposta para adquirir a Arm por US$ 40 bilhões, mas a operação foi barrada por reguladores dos Estados Unidos e da Europa.
Um dos IPOs mais aguardados do ano, o objetivo inicial da Arm era levantar US$ 10 bilhões, mas a meta foi reduzida para apenas US$ 4,8 bilhões. Parte dessa redução se deve à compra da participação de 25% do Vision Fund (SoftBank). Vale destaque que, após o IPO, o #SoftBank ainda controlará 90% das ações da Arm.
Outros fatores que pesaram no reajuste do valor proposto inicialmente é a dinâmica do mercado de smartphones, o avanço das aplicações de inteligência artificial e os riscos dos negócios da empresa na China.
➡️ Sobre a Instacart
Fundada em 2012, a startup americana desenvolveu um aplicativo de entregas de compras em supermercados. No momento mais crítico da pandemia, a Instacart viu um "boom" na demanda vinda de consumidores e varejistas.
Com isso, a empresa conseguiu levantar várias rodadas de investimento. A Sequoia Capital, um dos principais investidores da Instacart, investiu US$ 300 milhões ao longo das rodadas e detém 15% das ações da empresa.
A Inscart planejava realizar seu #IPO em 2022, mas a iniciativa foi adiada devido às condições adversas para os investimentos de risco. De lá para cá, a empresa registrou um crescimento de receita em 31%, para US$ 1,5 bilhão (1S'23) e conseguiu atingir seu #breakeven.
Para seu IPO, a Instacart reuniu grandes veículos de investimentos para adquirir US$ 400 milhões em ações. Em paralelo, a #PepsiCo deve adquirir US$ 175 milhões em ações preferenciais conversíveis. Em nota oficial, a Instacart disse que oferecerá 22 milhões de ações a uma faixa de US$ 26 a US$ 28, uma captação esperada de US$ 616 milhões.
➡️ Sobre a Klaviyo
Fundada em 2012, a startup americana desenvolveu uma plataforma de automação de dados e marketing para empresas, via SMS, emails e outros canais para seus consumidores. Grande parte dos 130 mil clientes da Klaviyo são vendedores que oferecem produtos em plataformas de e-commerce — inclui #Shopify, #Magento e #WooCommerce.
Na definição dos termos de seu IPO, a Klaviyo destacou que mirava um valuation de US$ 6,8 bilhões, em uma oferta que levantaria US$ 310 milhões. Um dos principais interessados na operação é o Shopify, que detém 11% do negócio.
💰 Investimentos VC no Brasil ultrapassam US$ 1 bilhão; Gympass, Nomad e Tractian movimentam ecossistema de inovação brasileiro
O ecossistema de inovação da América Latina atingiu a marca de US$ 1,2 bilhão captados (+50% M/M e +43% A/A), distribuídos em 79 deals no mês de agosto. Desse total, 63% foram captações non-equity. As rodadas equity somaram apenas US$ 444 milhões (-27% M/M e -11% A/A), segundo dados da Sling Hub.
#ZoomOut: Em meio à escassez de capital, as startups buscaram captações non-equity, como Debt VC e Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (#FIDC), por exemplo. Outro ponto a ser considerado quanto à queda dos investimentos é a ausência de mega-rounds (rodadas acima de US$ 100 milhões), que puxaram o volume investido total na região). Go deeper.
Em termos de #M&As, a América Latina registrou 20 operações em agosto, sendo 65% originadas de startups brasileiras. Desse total, foram 19 aquisições (-14% A/A) e 1 fusão (-75% A/A). O destaque do período foi a aquisição da Flexpag pelo Serasa Experian.
No Brasil, a melhoria dos indicadores macroeconômicos (#PIB, #inflação e #juros) nos últimos meses abriram espaço para melhorias da dinâmica dos mercados privados, sobretudo no setor de tecnologia. Em agosto, o ecossistema de inovação local registrou níveis recordes de captação no ano: US$ 352 milhões (rodadas equity), distribuídos em 45 deals.
➡️ Confira os detalhes do top 3 rodadas equity registradas em agosto
#Gympass: US$ 85 milhões. O aporte Série F foi liderado pela gestora de private equity sueca EQT, com participação de Neuberger Berman, General Atlantic e Moore Strategic Ventures. Fundado em 2012, o Gympass migrou seu foco do modelo B2C para B2B. O unicórnio adquiriu três empresas (Vitalk, Trainiac, Flaner) e está avaliado em US$ 2,4 bilhões.
#Nomad: US$ 61 milhões. Fundada em 2019, a fintech uma plataforma de soluções financeiras, que inclui conta em bancos americanos para não residentes. Com o aporte, o valuation da Nomad saltou para R$ 1,8 bilhão. A rodada Série B foi liderada pela gestora Tiger Global Management — investidora de empresas como Nubank e OpenAI.
#Tractian: US$ 48 milhões. Fundada em 2019, a startup oferece soluções de automação e monitoramento industrial, com uso de inteligência artificial e IoT. Hoje a Tractian tem 500 multinacionais como clientes — entre elas, John Deere, Bimbo, P&G e aeroporto de Guarulhos. O aporte foi liderado pelo fundo americano General Catalyst.
📈 Índices e ações
📊 Índices têm desempenho negativo em agosto; Ibovespa acumula queda de 5%
Em agosto, houve uma ruptura da trajetória positiva dos principais índices de referência da bolsa americana e brasileira. Entre os destaques, está a manutenção de uma postura hawkish quanto à condução da política monetária (manutenção da taxa de juros elevada por mais tempo) nos Estados Unidos e a desaceleração da economia chinesa.
Os índices #S&P500 e #Nasdaq fecharam o mês negativo. Depois da onda de otimismo associada ao "boom" da inteligência artificial, as expectativas quanto ao desempenho da economia americana nos próximos meses (ver seção "Análise Macro") puxou grande parte as ações americanas para o vermelho.
Na contramão, o destaque positivo foi a #NVIDIA. A divulgação dos resultados trimestrais da fabricante de chips, que era amplamente aguardada, superou as expectativas do consenso e trouxe um alívio para o mercado acionário no dia 24 de agosto. Para mais detalhes, confira a análise completa e o review na seção "Top Picks".
Em relação ao #Ibovespa, acumulou queda de 5% em agosto, encerrando a trajetória de quatro meses consecutivos de alta no patamar de 115 mil pontos. Parte do desempenho negativo foi atribuído à forte saída de capital externo, em função do i) desempenho da economia americana; ii) desaceleração da economia chinesa; e iii) incertezas quanta à condução da política fiscal interna.
🪙 Mercado cripto perde US$ 1 bilhão de valor de mercado em um único dia; Grayscale ganha processo contra a SEC
As principais criptomoedas da atualidade registraram queda no mês de agosto, dado o discurso contracionista do Fed quanto à condução da política monetária. Outros eventos que impactaram a dinâmica do mercado cripto no período foram a liquidação de Bitcoins pela SpaceX e a vitória da Grayscale contra a SEC.
O Bitcoin (#BTC) acumulou queda de 12% em agosto, mantendo-se no patamar dos US$ 27 mil. A performance do Ether (#ETH), a segunda maior cripto em valor de mercado, também foi negativa, com queda acumulada de 12% no período. A queda vista na 2ª quinzena do mês se deu em função da decisão do Federal Reserve (Fed), que prosseguirá com o aperto monetário nos Estados Unidos.
Outro fator que pesou no desempenho do mercado cripto foi a suposta venda de BTC da Space X, que gerou uma onda de insegurança entre os investidores.. A empresa aeroespacial de Elon Musk teria vendido parte das reservas em criptomoeda, no valor US$ 373 milhões.
O pico visto no dia 30 de agosto se deve à vitória da #Grayscale contra a SEC (CVM dos Estados Unidos), que abre caminho para a aprovação de um #ETF de #BTC. A SEC terá 45 dias para solicitar uma audiência, antes de chegar a uma decisão final do tribunal.
#ZoomOut: Fundada em 2013, a Grayscale detém um dos maiores veículos de investimento em BTC do mundo — que detém 3% de todas as moedas digitais, no valor de US$ 17,4 bilhões.
🔍 Análise Macro
🌎 Macro Global
➡️ Estados Unidos
O início do mês foi conturbado devido ao rebaixamento de rating do país pela Fitch. A decisão foi pautada no aumento da dívida pública e incertezas quanto à condução da política fiscal local. Para especialistas, o aumento dos gastos do governo, somado à queda na arrecadação, têm gerado déficits fiscais elevados e incompatíveis com a atual fase do ciclo econômico local.
No dia 6 de setembro, o Fed divulgou o Livro Bege (relatório sobre a dinâmica da economia dos Estados Unidos), sem perspectivas de reversão do cenário inflacionário e da resiliência da geração de empregos locais.
A taxa básica de juros dos Estados Unidos se mantém na faixa entre 5,25% e 5,5% a/a, e a próxima decisão de juros ocorrerá nos dias 19 e 20 de setembro. A expectativa é que o banco central dê início aos cortes dos juros a partir de 2024.
➡️ China
O temor de desaceleração da economia chinesa segue no radar, apesar das medidas promovidas pelo governo chinês — entre elas, o corte do compulsório bancário (índice RRR) e a redução das taxas de hipoteca para compradores de primeiro imóvel.
A China tem sido o motor do crescimento econômico global nas últimas décadas. A crise no setor imobiliário (30% do PIB da China), iniciada com o colapso da Evergrande, é a principal justificativa para o "choque deflacionário" e a desaceleração da economia local. Para o Morgan Stanley, o crescimento do PIB da China será de 4,7% a/a — abaixo da meta de 5% a/a.
🚩 Macro Brasil
Na última reunião do Copom, realizada no dia 2 de agosto, foi realizado o 1º corte da taxa básica de juros em três anos, para 13,25%. Entre os eventos notáveis registrados localmente no período, estão i) a aceleração da inflação no cenário doméstico (puxado pela aumento do custo de energia); ii) a agenda de reformas em andamento (destaque para o projeto que visa controlar os gastos públicos); e iii) o anúncio de expansão do Brics.
#ZoomOut: Na próxima reunião, que ocorrerá nos dias 19 e 20 de setembro, a expectativa do consenso é um novo corte da mesma magnitude, de 0,5 pontos percentuais. Confira os destaques do Boletim Focus, publicado no dia 8 de setembro de 2023:
IPCA (%): 🔺 4,93 (2023) | 🔺3,89 (2024)
PIB (var. %): 🔺2,64 (2023) | 🔺 1,47 (2024)
Câmbio (R$/ US$): 🔺 5,00 (2023) | 🔺 5,02 (2024)
Selic (% a.a.): 🟰 11,75 (2023) | 🟰 9,00 (2024)
🎯 Top Picks & FIntechs BR
🌎 Top Picks Global
🚀 SpaceX
A companhia espacial de Elon Musk apresentou lucro após dois anos consecutivos de prejuízo, favorecida pelo aumento de preços das missões do projeto Falcon. Também foi registrada uma venda parcial de suas reservas em #Bitcoin.
Vale lembrar que a #SpaceX realiza investimento maciços em P&D (Pesquisa & Desenvolvimento), com o objetivo de obter uma vantagem competitiva no setor, em detrimento da lucratividade de curto prazo.
Receita trimestral: US$ 1,5 bilhão (vs. US$ 4,6 bilhões em 2022)
Lucro trimestral: US$ 55 milhões (vs. prejuízo US$ 559 milhões em 2022)
🖥️ NVIDIA
Os resultados trimestrais da #NVIDIA eram amplamente aguardados pelo mercado, pois validaria da tese de IA, que tem sido um divisor de águas para a dinâmica do mercado acionário, em função dos incrementos de produtividade em diversas indústrias. As cifras vieram acima do esperado e as ações NVDA saltaram 8% no pre-market.
Receita Data Center: US$ 10,3 bilhões (+171% A/A) — 75% da receita total
Receita total: US$ 13,5 bilhões (+101% A/A) | Lucro líquido: US$ 6,7 bilhões (+422% A/A)
💰 Big Techs: como fazem dinheiro?
Apesar das incertezas geradas durante a pandemia e o cenário macroeconômico mais restritivo — que levaram a demissões em massa, corte de operações não rentáveis, dentre outras medidas — , as gigantes do setor de tecnologia mantêm sua majestade. No 2T23, as big techs — #Amazon, #Apple, #Google (Alphabet), #Microsoft, #Meta, #Tesla e #NVIDIA — geraram juntas uma receita consolidada de US$ 420 bilhões!
Há duas formas dessas empresas fazerem dinheiro: i) elas vendem um determinado produto físico ou digital para você (iPhone, Pacote Office, por exemplo); ou ii) “vendem” você como produto para anunciantes — divulgação de propagandas nas redes sociais e/ou mecanismo de busca (Facebook e Google Search, por exemplo).
💲 Temporada de Resultados: Fintechs BR
🟢 Nubank supera estimativas do consenso. A fintech ultrapassou a marca de 83 milhões de clientes (Brasil, México e Colômbia) e apresentou um lucro recorde de R$ 1,1 bilhão no 2T23, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período de 2022.
Nº clientes: 83,7 milhões (82% ativos) | Carteira de crédito: R$ 73,7 bi (+48% A/A)
Receita: R$ 9,3 bi (+60% A/A) | Lucro: R$ 1,1 bi (vs. prejuízo R$ 148 mi A/A)
🟢 Inter divulga resultados recordes no segundo trimestre. A expansão da carteira de crédito e a redução de custos levaram a resultados sólidos, com destaque para o lucro líquido recorde. Em relação à inadimplência, especialistas apontam para um ponto de inflexão, que foi bem recebido pelo consenso.
Nº clientes: 27,8 milhões (52% ativos) | Carteira de crédito: R$ 26,5 bi (+33% A/A)
Receita líquida: R$ 1,5 bi (+31% A/A)
🟢 PicPay apresentou uma redução do ritmo de crescimento de clientes ativos na plataforma. Mesmo assim, a fintech que pertence à holding J&F conseguiu ampliar sua rentabilidade e apresentou lucro no primeiro semestre. Entre os destaques do período, estão a integração de clientes do Banco Original e a aquisição da BX Blue.
Nº usuários ativos: 34 milhões (+0,3% A/A) | TPV: R$ 116 bilhões (+32% A/A)
Receita: R$ 1,5 bilhão (+21% A/A) | Lucro ajustado: R$ 58 milhões (vs. prejuízo R$ 656 milhões A/A)
🟢 Creditas divulgou cifras melhores que o esperado pelo consenso, apesar das adversidade do cenário macro. A fintech de crédito com garantia reduz prejuízos trimestrais em 59% e destacou que segue focada em um crescimento moderado para atingir seu breakeven até o fim do ano.
Carteira de crédito: R$ 5,8 bilhões (+15% A/A)
Receita: R$ 495 milhões (+27% A/A) | Prejuízo: R$ 118 milhões (-59% A/A)
📊 US$ 163 milhões é a receita das empresas tech latino-americanas pré-IPO; Nubank lidera o ranking
A receita líquida é uma das principais métricas utilizadas para investidores avaliarem o desempenho financeiro de uma empresa e decidirem entrar (ou não) no seu IPO. Dados do Exit in Public apontam que as empresas latino-americanas do setor de tecnologia tinham uma média de US$ 163 milhões de receita líquida nos 12 meses anteriores fechados e auditados à listagem, enquanto a mediana girava em torno de US$ 91 milhões.
No topo do ranking, está o Nubank com uma receita líquida de US$ 1,2 bilhão nos 12 meses anteriores ao IPO. Apesar da grande diferença em relação à 2ª posição, o banco digital não puxa essa média sozinho: PagSeguro e Netshoes também contribuem neste desvio. E, se compararmos as listagens na B3, Nasdaq e NYSE, a mediana na NYSE foi a mais alta.
Para fins de comparação, um estudo da Meritech aponta a mediana de receita líquida de empresas americanas SaaS nos 12 meses anteriores à listagem era de US$ 185 milhões — o dobro do valor registrado pelas empresas latino-americanas. O cálculo teve como base comum o dólar, de acordo com o câmbio na data de listagem de cada empresa.
➡️ Para saber mais, confira o estudo completo dos nossos parceiros do Exit in Public aqui!
📩 Principais notícias do mês
🔞 OnlyFans movimenta bilhões e CEO obtém dividendos milionários
Em 2022, a OnlyFans movimentou US$ 5,6 bilhões e bateu recorde de receita e lucro: US$ 1,09 bilhão (+17% A/A) e US$ 525 milhões (+22% A/A), respectivamente. Outro dado que chamou a atenção foi a remuneração de Leonid Radvinsky, dono da OnlyFans. O executivo ganhou US$ 338 milhões em dividendos em 2022 — o montante não considera o salário do executivo.
#ZoomOut: Fundada em 2016, a plataforma permite compartilhar conteúdo adulto (fotos e vídeos) por assinatura — 20% das receitas geradas pelas assinatura fica com a OnlyFans. A plataforma conta com 220 milhões de usuários registrados e 3 milhões de criadores de conteúdo.
📉 "A Grande Aposta 2": Michael Burry aposta US$ 1,6 bilhão contra a Bolsa americana
Burry ficou conhecido por apostar contra o mercado imobiliário dos Estados Unidos antes da crise financeira de 2008. Relatórios trimestrais do 13F, apontam que Burry montou posições vendidas equivalentes a 93% do portfólio da sua gestora. O valor foi dividido em duas opções de venda (puts): US$ 890 milhões do S&P 500 e US$ 740 milhões do QQQ (Nasdaq).
🔴 WeWork reporta dívidas de US$ 2,9 bilhões e risco de falência
A empresa de coworking reportou à SEC (CVM dos Estados Unidos) um prejuízo de US$ 700 milhões no primeiro semestre, depois de registrar prejuízos de US$ 11 bilhões nos últimos três anos. As ações WE caíram 40% após o anúncio.
#ZoomOut: Há quatro anos, a WeWork obteve um valuation de US$ 47 bilhões. Porém, a empresa se deparou com uma série de problemas de governança, margens apertadas e baixa demanda por escritórios — em função da migração para trabalho remoto na pandemia.
No dia 18 de agosto, a 123milhas anunciou a suspensão das emissões de produtos da linha Promo. A empresa passou a ser investigada pela Justiça e foi notificada pelo Procon para prestar os devidos esclarecimentos. Dias depois, fez uma demissão em massa e anunciou um plano de reestruturação interna.
No dia 29 de agosto, a 123milhas entrou com pedido de recuperação judicial — HotMilhas (controlada) e Novum Investimentos (sócia) também entraram no pedido. No total, 16 mil ações judiciais foram movidas contra a 123milhas, somando R$ 232 milhões. A dívida total da 123milhas totaliza R$ 1,6 bilhão. A lista de credores inclui big techs, bancos e turismo.
💡 Governo Federal anuncia R$ 66 bilhões para inovação com juros baixos
Desse total, R$ 16 bilhões serão distribuídos por editais e não serão devolvidos. O restante será usado como linha de crédito para fomentar a inovação na indústria brasileira com juros nominais de 4% ao ano — é a menor taxa de juros já registrada.
O montante será proveniente do BNDES (R$ 20 bilhões) e do Finep (R$ 40 bilhões), e os aportes serão feitos até 2026. Até então, para projetos de inovação, o BNDES praticava juros entre 13% e 15% ao ano.
📌 Recomendações do mês
🟢 Report Construções Inteligentes, by Construflow
Em parceria com a Construflow, a Snaq produziu um report exclusivo mostrando tendências e casos práticos para uma construção mais inteligente, além de dicas de especialistas para impulsionar esse mercado.
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