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Carta Mensal - Junho 2023

O que aconteceu de mais importante em inovação e tecnologia no mês de junho, compilado para você!


O que você vai ver nesse material:

  • Dados do mês: Pismo é o novo unicórnio brasileiro; SaaS lidera investimentos VC por setor com 30% do total

  • Índices e ações: Big techs, Tech BR e Cripto

  • Análise macro: Brasil e mundo

  • Top picks: Apple atinge US$ 3 trilhões em valor de mercado

  • Principais notícias do mês: Diretores da Nvidia vendem US$ 165 milhões em ações; Evento "Febraban Tech 2023"

  • Recomendações: Report "Construções Inteligentes" by Construflow

 

O setor de construção civil movimentou mais de US$ 7 trilhões globalmente e foi responsável por 8,6% do PIB brasileiro em 2021. Mesmo com tamanha representatividade, a produtividade do setor cresce a apenas 1/3 do ritmo de desenvolvimento da produtividade global.


Com o propósito de transformar esse cenário, a Construflow e a Snaq produziram um report exclusivo mostrando tendências e casos práticos para uma construção mais inteligente, além de dicas de especialistas para impulsionar esse mercado.


O que você vai ver?

  • Big numbers do setor da construção civil

  • Estudo exclusivo da Construflow, com mais de 178 mil apontamentos, sobre os maiores erros de projetos e obras no Brasil

  • Investimentos em tecnologias emergentes e construtechs

  • IA generativa e suas aplicações na construção

  • Dicas de tecnologia na construção com Cícero Sallaberry (CEO da Construflow) e Natalia Villagean (Gerente de Obras na Dimas Construções)

➡️ Acesse gratuitamente aqui!

 

📈 Dados do mês


🤝 Pismo é adquirida por US$ 1 bilhão; novo unicórnio brasileiro era disputada por gigantes do cartões de crédito

A aquisição da #Pismo pela Visa por US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) deu origem ao mais novo unicórnio brasileiro. A operação representa o maior negócio já registrado no ecossistema de startups latino-americano, junto com a aquisição da #99, feita em 2018.


Fundada em 2016, a fintech oferece uma plataforma SaaS para processamento de serviços bancários e de pagamentos, considerada uma das melhores do mundo. Sua carteira de clientes inclui gigantes do setor financeiro como #Itaú, #BTG Pactual e #Citi. A fintech tem operações na América Latina, Estados Unidos, Europa, Ásia e Austrália.


Entre seus principais investidores, estão gigantes como #SoftBank e #Amazon. O valuation de exit da Pismo equivale a um retorno de 4x (em comparação à Série B, levantada em outubro de 2021, quando a startup levantou US$ 108 milhões)!


➡️ Por que a Visa investiu na Pismo?


O movimento posiciona a Visa para oferecer soluções de processamento e de emissão de cartões via APIs nativas em nuvem. Além disso, permitirá a oferta de suporte e conectividade para trilhas de pagamentos emergentes, como #Pix no Brasil.


Há pouco mais de um ano, a Visa já havia feito outro investimento em fintechs para ir além do negócio de cartões. A empresa assinou um acordo para adquirir #Tink por US$ 2,15 bilhões e tentou adquirir a #Plaid por US$ 5 bilhões, mas esta transação não foi concretizada devido a restrições regulatórias.


Há pelo menos seis meses, a Visa estava em fase de negociação para adquirir a #Pismo, que também era disputada pela concorrente #Mastercard. Para investidores, a vantagem oferecida pela startup é permitir que "qualquer um monte um #Nubank rápido", com o mesmo grau de sofisticação na nuvem e tecnologia de ponta.


➡️ Impacto da aquisição da Pismo no mercado de VC brasileiro


A aquisição da Pismo empata, em valor nominal, com a compra da 99 pela Didi Chuxing, feita em janeiro de 2018. Nesta ocasião, a #99 se tornou o primeiro unicórnio brasileiro e representou um ponto de virada para o mercado de VC no país. As duas representam as maiores operações de M&A com startups brasileira, segundo dados da Sling Hub:

Com a operação, o ecossistema de VC brasileiro ganha visibilidade a nível internacional e fôlego em meio às restrições de investimentos em startups imposta por fatores conjunturais. Para Hernán Kazah, cofundador da Kaszek, a venda da Pismo para a Visa é um negócio “incrível” e serve como uma validação do ecossistema da região.


#ZoomOut: No primeiro semestre de 2023, US$ 778,1 milhões foram captados pelas startups brasileiras, distribuídos em 199 rodadas. Isso representa uma queda de 50% na base anual, de acordo com dados do Distrito.


Hoje, na lista de unicórnios emergentes do Crunchbase, que engloba startups avaliadas entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, há 378 empresas. Desse total, há três startups brasileiras para ficar de olho: Hotel Urbano, Nelogica e Stark Bank.


🦄 Brasil é destaque no ranking global de unicórnios; países desenvolvidos lideram em número de unicórnios por tamanho populacional

Em 2023, o Brasil lidera em termos de investimentos em startups e em número de unicórnios (startups avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais) na América Latina. A nível global, o país está entre os top 10 dos rankings global absoluto de unicórnios.


Com a operação da #Pismo, quase 30 startups brasileiras atingiram o status de unicórnio nos últimos 10 anos. Sem considerar os exits (empresas que fizeram IPO, M&A e operações correlatas), o Brasil soma 16 unicórnios no total. Para saber mais, confira nosso review exclusivo "Unicórnios Brasileiros", feito em parceria com a DealMaker!



Em número absoluto de #unicórnios por país, consta na liderança do ranking global os Estados Unidos (651 unicórnios locais), a China (172) e a União Europeia (100), segundo dados compilados por Bismark Analysis.


Porém, se considerado o número de unicórnios de acordo com o tamanho da população, a distribuição mundial é bem diferente. Nota-se que a presença de países desenvolvidos no topo, com China atrás da Europa, enquanto os Estados Unidos estão próximos a Israel e Singapura.

Nas últimas posições, nota-se uma concentração de países latino-americanos. Essa tendência é intensificada pela deterioração do cenário macro, que tornou os investidores mais exigentes na hora de alocar recursos em ativos de risco, sobretudo na região.


#ZoomOut: Apesar do tamanho populacional e potencial econômico do Brasil (11ª maior economia do mundo), vale lembrar que os investidores vêm a América Latina com cautela, em função da complexidade política e econômica da região.


💰 SaaS lidera investimentos VC por setor com 30%; soluções emergentes do mundo real se tornam a grande aposta dos investidores

O setor de SaaS (software como serviço) permaneceu resiliente em 2022, apesar do ambiente desafiador. Segundo dados do Crunchbase, quase US$ 32 bilhões foram investidos em startups de SaaS a nível global no ano passado, segundo dados do Crunchbase.


Mas qual é a representatividade do setor no total investido no ecossistema de inovação? O mapa de calor abaixo, publicado pela empresa Carta, nos mostra a porcentagem do investimento total em startups por setor e ano, entre janeiro de 2019 e junho de 2023.


Apesar da recente queda de representatividade, os investimentos em startups #SaaS lideraram o ranking nos últimos anos o setor concentra 30% do total em 2023. Mais recentemente, nota-se a presença de novos favoritos dos investidores VC, além do setor de inteligência artificial.


Confira os destaques, enumerados pelo analista da Carta, Peter Walk. Para ele, depois de investimentos volumosos em SaaS, fintechs e retail nos últimos anos, a nova grande aposta é em negócios que atendem demandas tangíveis do mundo real e alinhas com pautas ESG:

  • Farmacêutica/ biotech: concentra 15% de todo o investimento em startups (2023)

  • Energia, com foco em renováveis: saltou de passou de 2% (2019) para 11% (2023)!

  • Hardware, vertical mais desafiadora que a criação de softwares: saltou de 6% (2019) para 10% (2023)


🤖 IA foi a grande esperança para reverter a desaceleração, mas não foi o suficiente; investimento global VC declina 49% no 2T'23

O segundo trimestre foi marcado por volumosos investimentos e M&As no setor de inteligência artificial. Entre os eventos mais notáveis do período, estão: 1) as investidas pela #Microsoft e pelo #Google; 2) aquisição da #MosaicML pela #Databricks por US$ 1,3 bilhão; e 3) o "boom" das ações da #Nvidia.


Confira os principais aportes globais em VC no mês de junho, segundo o Crunchbase:

  • Inflection AI (inteligência artificial): US$ 1,3 bilhão

  • Anhui YOFC Advanced Semiconductor (hardware): US$ 524 milhões

  • CleanCapital (energia): US$ 500 milhões


Apesar disso, o investidores globais de #VC continuaram a reduzir o ritmo de novos aportes no 2T'23. De acordo com dados do Crunchbase, o volume investimento totalizou US$ 65 bilhões, queda de 49% na comparação anual.


Em relação às rodadas por estágio, nota-se que os investimentos em startups #latestage continuam sendo os mais penalizados: foram investidos apenas US$ 31 bilhões no 2T'23 — é o patamar mais baixo desde 2018. Isso inclui rodadas corporativas e private equity.


💵 Venture debt protagoniza no ecossistema de inovação LatAm; 35% dos investimentos foram nessa modalidade

O ecossistema latino-americano seguiu penalizado pela escassez de recursos no último trimestre. De acordo com dados da Sling Hub, as startups da região captaram US$ 1,1 bilhão no 2T'23, queda de 63% na comparação anual.


#ZoomOut: Nota-se que esse número inclui as rodadas #debt, no valor de US$ 401 milhões35% do total investido na região. Considerando apenas rodadas equity, totalizou apenas US$ 687 milhões.

Por outro lado, o número de rodadas declinou apenas 31% (vs. 2T'22), o que indica um direcionamento dos investimentos para startups #earlystage, conforme visto nos trimestres anteriores.


Entre os destaques do período, está a biotech chilena #Ceibo, que captou US$ 30 milhões (Série B) e representa a maior rodada já feita no setor na América Latina. Em relação às fusões e aquisições (M&As), o pódio ficou com a #Pismo.


 

📈 Índices e ações


📊 Big techs seguem beneficiadas por "boom" da IA; Ibovespa acumula alta de 11% no primeiro semestre

O primeiro semestre de 2023 foi positivo para os principais índices de #WallStreet, com destaque para a empresas de tecnologia, impulsionada pela "corrida" pela inteligência artificial. Por sua vez, o Ibovespa registrou menor volatilidade e acumulou forte alta no período.


📊 Mercado tech experimenta forte alta; megacaps são vistas com cautela por parte dos investidores


Em junho, o destaque foi a #Apple, que atingiu um marco inédito: US$ 3 trilhões de valor de mercado. Para saber mais, confira a análise sobre a big tech na seção Top Picks.


Em termos de valorização acumulada, o destaque foi a #Tesla, impulsionada por uma onda de otimismo entre investidores com iniciativas para ganho de market share no mercado de veículos elétricos. Mais recentemente, a companhia de Elon Musk divulgou dados preliminares do 2T'23 com vendas recordes.


Na contramão, a única big tech com desempenho negativo foi a Alphabet (#Google). O motivo? Em meio à ascensão de ferramentas mais sofisticadas de IA dos concorrentes, alguns investidores vêm duvidando da tese de investimento na big tech.


#ZoomOut: De acordo com a Bloomberg, a Alphabet não é a única megacap de que os analistas estão se distanciando. A Apple está em seu nível mais baixo desde novembro de 2020, enquanto a da Microsoft se encontra em níveis de 2019. O motivo? Estima-se que uma margem de recuperação inferior e questiona-se quais serão os próximos motores de crescimento das big techs.


📊 Brasil retoma onda de otimismo entre investidores


No Brasil, o primeiro semestre foi marcado pela sucessão de dados de inflação e crescimento econômico melhor que o esperado, junto com a aprovação do arcabouço fiscal e a reforma tributária no radar. Em função disso, houve uma melhora do risco-país e do desempenho dos ativos de risco no país.


O Ibovespa registrou a maior alta acumulada mensal desde dezembro de 2020 e fechou o mês no patamar de 118 mil pontos. Em relação às empresas de tecnologia listadas na B3, houve um reajuste da trajetória vista em 2022, em função da melhora do cenário macro.


Contudo, alguns analistas seguem cautelosos para determinadas empresas do setor. Por exemplo, o JP Morgan deu downgrade nas empresas #Locaweb, #Enjoei e #GetNinjas. Em nota, o banco informou que a medida foi tomada devido à “falta de catalisadores”. Estima-se que as empresas seguirão com EBITDA negativo e continuarão queimando caixa em 2023.



🪙 Bitcoin acumula alta de 85% no primeiro semestre; Ripple obtém vitória parcial em processo movido pela SEC

Apesar do temor de medidas impostas por reguladores, as principais criptomoedas da atualidade registraram uma forte valorização no primeiro semestre em meio à retomada de confiança dos investidores do setor.


O Bitcoin (#BTC) encerrou o primeiro semestre do ano com uma valorização acumulada de 80% e acima da marca dos US$ 30 mil. A performance do Ether (#ETH), a segunda maior cripto em valor de mercado, também foi positiva, com alta acumulada de 60%.


No fim de junho, a integração de instituições financeiras tradicionais no setor cripto, com protocolos enviados à SEC (CVM dos Estados Unidos) para autorização de ETFs com exposição direta a BTC, favoreceu a criptomoeda e o setor como um todo.


Na contramão, a #BNB, cripto ligada à Binance, registrou uma queda no início do mês associada ao processo movido pela SEC. A exchange foi acusada de misturar fundos de clientes e atuado como uma corretora de valores não registrada. Em relação à Cardano (#ADA), foi penalizada pela mesma razão e pelo anúncio de remoção da criptomoeda na plataforma Robinhood.


#BigNumber: Cerca de 2 milhões de brasileiros (PFs) declararam investir em ativos digitais, conforme dados preliminares do IR, divulgado pela Receita Federal. Em paralelo, a ABCripto deu boas vindas ao seu novo membro: o banco Itaú Unibanco.

 

🔍 Análise macro


Os bancos centrais das principais economias do mundo continuam com o ciclo de aperto monetário (aumento da taxa de juros) em função do cenário inflacionário resiliente. Como efeito, a desaceleração da economia global segue no radar.


No dia 14 de junho, ocorreu a "Super Quarta", ocasião que as decisões de juros foram divulgadas no Brasil e nos Estados Unidos. As decisões foram pautadas no atual cenário e perspectivas quanto à atividade econômica, e têm efeitos diretos na dinâmica dos ativos financeiros.



📊 Macro Global

Estados Unidos

A principal preocupação na conjuntura local se deu com respeito à crescente dívida do país e ao teto legal da dívida nos últimos meses. No fim do mês de maio, foi aprovado um acordo que suspende o teto da dívida até janeiro de 2025, adiando o problema para depois das eleições.


Em linha com as expectativas do mercado, o FOMC do Federal Reserve decidiu manter a taxa básica de juros dos Estados Unidos, em um intervalo entre 5,00% e 5,25%. É a primeira vez que o Fed não altera a taxa desde março de 2022, após dez aumentos consecutivos.


Porém, o anúncio do Fed sinalizou que o ciclo de aperto pode retornar nas próximas reuniões em função da inflação, que continua elevada no país. Nos últimos 12 meses, o CPI (índice de preços ao consumidor) se manteve em 4,0% a.a. (maio de 2023). A meta de inflação nos Estados Unidos é de 2% ao ano. Go deeper.


China

O índice PMI composto, que mensura o nível de atividade industrial e de serviços do país, apresentou leve recuo para 52,5 em junho (vs. 55,6 no mês anterior), segundo o estudo da S&P Global.


Apesar estar acima do patamar de 50,0 (que separa a expansão da retração na atividade), o resultado foi o mais baixo desde o início do ano, sinalizando uma possível retração da demanda de commodities e outros insumos a nível global.


📊 Macro Brasil

O Copom publicou a não alterou sua postura quanto à condução da política monetária e manteve a taxa Selic em 13,75% a.a. (7ª vez consecutiva). Em nota, destacou a permanência de um ambiente exterior adverso e um conjunto de indicadores que sugere a desaceleração gradual da inflação no cenário doméstico. A redução da taxa Selic está prevista para o 2º semestre de 2023.


Confira os destaques do Boletim Focus, publicado no dia 30 de junho de 2023:

  • IPCA (%): 🔻4,98 (2023) | 🔻 3,92 (2024)

  • PIB (var. %): 🔺2,19 (2023) | 🔺 1,28 (2024)

  • Câmbio (R$/ US$): 🟰 5,00 (2023) | 🔻5,08 (2024)

  • Selic (% a.a.): 🔻12,00 (2023) | 🟰 9,50 (2024)

 

🎯 Top Picks & Big Techs


🍎 "Think different": Apple ultrapassa US$ 3 trilhões em valor de mercado

O bom desempenho da big tech está associado à expectativa de redução da taxa de juros nos Estados Unidos e ao otimismo do mercado com o setor de tecnologia desde o início do ano, impulsionado pelo “boom” da inteligência artificial.


Lançado em 2007, o iPhone é responsável por 50% do seu faturamento da Apple. Em 2022, o iPhone representou 21% do total de smartphones vendidos no mundo e 82% de todo o lucro gerado no setor.


#ZoomOut: Na busca de novos catalisadores de longo prazo, a Apple lançou recentemente o Vision Pro (óculos de realidade virtual), fez diversas aquisições e está apostando na vertical de serviços financeiros. Para saber mais, confira nosso review sobre a evolução da Apple aqui!


Em junho, as 10 maiores empresas do mundo (em valor de mercado) valiam US$ 14,4 trilhões juntas. Nota-se que as seis primeiras estão no "clube do trilhão" e oito delas são do setor de tecnologia. Se considerado apenas as empresas listadas nos Estados Unidos, podemos observar que as cinco maiores empresas são do setor de tecnologia.


A evolução do mercado de ações americano nos últimos anos é notável, com destaque para a mudança de perfil nos últimos 30 anos: migrou de setores tradicionais (petrolíferas, bens de consumo e financeiro) para o predomínio tech. Em menor proporção, essa tendência podemos na América Latina também, com destaque para a ascensão do #MercadoLivre e do #Nubank.


📊 Múltiplo de receita das empresas tech latino-americanas listadas no exterior são maiores; Satellogic lidera ranking com P/S de 668,9x!

O múltiplo de receita (P/S ou price-to-sales) é usado para avaliar se uma empresa está sub ou supervalorizada em comparação com outras empresas do mesmo setor. É calculado a partir do market cap sobre receita dos últimos 12 meses. O P/S muito alto indica em geral que uma empresa está supervalorizada, e baixo, que está subvalorizada.


Na seleção de empresas tech da América Latina, o destaque é a #Satellogic (empresa argentina especializada em nanosatélites) tem o maior P/S do ranking: 668,9x! Em 2022, a empresa fez uma fusão com a SPAC do ex-Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin e fechou um acordo com a SpaceX, de Elon Musk.

Apesar do cenário desafiador para o setor e sucessivos prejuízos, Emiliano Kargieman, CEO da Satellogic, disse em entrevista à Bloomberg Línea que a meta da companhia é ter 300 satélites em órbita mapear toda a superfície da Terra em alta resolução até 2025. Estima-se que o mercado de observação da Terra chegue a valer US$ 120 bilhões no futuro próximo, bem acima dos US$ 5 bilhões atuais.


📈 Nota-se que, no momento de listagem, esse múltiplo era alto, com média e mediana igual a 33,6x e 9,7x, respectivamente. Outro ponto que chama a atenção é que a mediana são superiores na Nasdaq, NYSE e, por fim, na B3 — isto indica que as empresas listadas na Bolsa brasileira estão subvalorizadas em relação às demais.


➡️ Para saber mais, confira o estudo completo dos nossos parceiros do Exit in Public aqui!

 

📩 Principais notícias do mês


Em 2023, as ações NVDA acumularam alta de 194% e são negociadas a um P/L de 220x, em meio ao “boom” da IA generativa. Desde a disparada de preços, já foram vendidas quase 500 mil ações da companhia, totalizando US$ 193 milhões. O movimento é considerado atípico e ocorre em meio à chegada de novos players do setor, orientado para a produção de chips de última geração.


A compra da Adenza por US$ 10,5 bilhões visa diversificar os negócios da Nasdaq para além da Bolsa de Valores. A operação recebeu diversas críticas devido ao alto risco de integração e ao preço elevado. A Adenza foi avaliada em 18x sua receita atual - que deve alcançar US$600 milhões este ano - e em 31x o EBITDA estimado para 2023.


Denominado CS50 bot, a ferramenta auxiliará alunos a depurar códigos, dar feedback sobre projetos e responder a perguntas individuais sobre mensagens de erro e linhas de código desconhecidas.


Com isso, o Itaú se tornou a primeira instituição financeira tradicional do grupo de 25 associados parceiros — entre eles, estão Foxbit, MB, Vórtx QR Tokenizadora, Liqi e Mastercard. A parceria visa fomentar oportunidades de investimentos em startups do setor cripto e a evolução da criptoeconomia no país.


A agência de rating destacou que a fintech atingiu seu breakeven em setembro do ano passado e apresentou uma melhora consistente nos resultados financeiros desde então. Com essa nota, o Nubank se aproxima dos bancões. Por exemplo, o Bradesco e o Santander têm o rating de crédito de longo prazo “brAAA” — rating máximo de classificação na escala nacional.


Na contramão, os analistas dos bancões reiteraram sua posição de venda para as ações do Nubank, em função de um valuation “dífícil de explicar” e falta de sinais claros de monetização da sua base de clientes. Entre os pontos destacados, estão o ROE de 47% e o NPV em 80% — bem acima de empresas como Google, Meta e Amazon.

 

🟢 Febraban Tech 2023


A Snaq participou da 33ª edição do Febraban Tech 2023, o maior evento de tecnologia bancária da América Latina. Com o tema central "A bioeconomia e as oportunidades em uma sociedade digital", o evento reuniu diversas lideranças do setor financeiro, tecnologia, sustentabilidade e inovação, para debates sobre temas atuais da economia digital. Confira os insights!


🏦 Bancos | Isaac Sidney (Febraban) defendeu o papel dos bancos: “Temos zero vergonha de sermos bancos”, valorizando a história e a confiabilidade dos bancões. A Febraban tem 115 bancos associados, 1/2 milhão de colaboradores, 100 milhões de usuários e R$ 10 trilhões de crédito foram cedidos durante a pandemia.

🏦 Futuro dos bancos | Jimmy Lui (banco BV) reiterou a importância das tecnologias emergentes e os planos para se posicionar em uma economia tokenizada. Para Moisés Nascimento (Itaú), os dados estão no centro da transformação digital e a discussão sobre a segurança não deve partir apenas do setor privado, é preciso envolver as esferas governamental e social.


🤖 Inteligência Artificial | Daniel Kahneman (Nobel de Economia) destacou que o futuro é preocupante e que não temos como competir individualmente com a IA. Para ele, é fundamental o papel das organizações para lidar com as mudanças provocadas pelas novas tecnologias.


🌎 Bioeconomia | Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, destacou que o Brasil é o endereço da transição para o modelo sustentável de desenvolvimento e a necessidade de colocar meio ambiente em primeiro lugar para atrair investimentos no país. 75% do PIB da América do Sul depende da preservação da Amazônia.

➡️ Confira o evento completo aqui!

 

📌 Recomendações do mês


🟢 Report Construções Inteligentes, by Construflow

Em parceria com a Construflow, a Snaq produziu um report exclusivo mostrando tendências e casos práticos para uma construção mais inteligente, além de dicas de especialistas para impulsionar esse mercado.



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Esta apresentação foi elaborada pela Snaq com informações disponíveis ao público. A Snaq não faz qualquer representação ou garantia quanto à exatidão, plenitude e confiabilidade das informações, estimativas ou projeções contidas nessa apresentação. Nada neste material deve ser entendido como uma promessa, recomendação ou representação do passado ou do futuro. A Snaq se exonera, expressamente, de toda e qualquer responsabilidade relacionada ou resultante da utilização deste material.


Este material foi preparado apenas para fins informativos e não deve ser interpretado como recomendação de investimento, uma oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários ou instrumentos financeiros.

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