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Ecossistema de Inovação | O Open Finance Brasileiro e o que podemos esperar


Olha lá, eu falando mais uma vez sobre o tema que eu mais falo desde de sempre: Open Finance. Mas estamos ainda no começo dessa jornada, apesar de estarmos nessa contrução há pelo menos 3 anos, e quanto mais educação pudermos compartilhar, melhor. Na minha opinião, assim como foi com o plano Real, haverá um Brasil antes e um Brasil depois do Open Finance nas nossas vidas.


O Open Finance (ou Open Banking, fora do Brasil) é um termo que tem ganhado cada vez mais destaque no setor bancário e financeiro no mundo todo e ultimamente também aqui no Brasil.


Trata-se de um modelo de compartilhamento de dados bancários de clientes entre instituições financeiras e outras empresas, apenas com o consentimento expresso do cliente, com o objetivo de oferecer uma maior flexibilidade e controle sobre seus dados financeiros e de comportamento de consumo, além de proporcionar mais inovação e concorrência no mercado financeiro. Na coluna de hoje, vamos discutir como o Open Finance pode ajudar a população brasileira em relação à bancarização, educação financeira, democratização do crédito e melhoria da experiência do usuário com relação aos serviços financeiros.


O primeiro ponto - e na minha opinião um dos mais urgentes – que pode ser beneficiado com o projeto é a questão do acesso aos serviços financeiros no país. O Brasil tem uma grande população não bancarizada, ou seja, que não possui uma conta em banco ou não utiliza serviços financeiros tradicionais, o que dificulta (ou impossibilita) o acesso ao crédito e limitar a possibilidade de investimentos financeiros.


O Open Finance pode tirar essas pessoas da margem do sistema, permitindo que elas compartilhem seus dados financeiros com outras empresas além dos bancos, como fintechs e startups, e aproveitem novos serviços financeiros e mais personalizados.


A educação financeira também é algo que deverá ser fortalecida pelo Open Finance, e é um elemento fundamental para garantir a segurança financeira dos indivíduos, ajudando a fortalecer o conhecimento sobre finanças. Ao compartilhar dados bancários com outras empresas, as pessoas podem ter acesso a uma ampla gama de serviços de educação financeira, como previsão de gastos e planejamento financeiro, ajudando a melhor compreender sobre o tema pessoalmente e também refletindo sobre a economia familiar.


Também elencamos a democratização do crédito como mais uma vantagem do Open Finance. Com o compartilhamento de dados bancários, empresas de crédito, como financeiras e fintechs, podem ter acesso a informações financeiras dos clientes, como comportamento de consumo e renda, que ajudam:

  • a avaliar o risco de emprestar dinheiro para uma determinada pessoa. Com esse cenário, torna-se mais fácil a obtenção de crédito para quem precisa, gerando maior desenvolvimento financeiro para o país, e inclusive ajudar a baratear os custos dessas operações para os consumidores em geral.

  • melhorar a experiência do usuário com relação aos serviços financeiros em geral. Trazer simplicidade para essa relação, com maior entendimento e conforto, além de facilidade, é um dos pilares do projeto. Ao compartilhar dados bancários entre diferentes empresas, o usuário pode utilizar uma ampla gama de serviços financeiros com mais facilidade e eficiência, além de ter maior poder de escolha em relação às oportunidades disponíveis no mercado.

Como visto, o Open Finance pode ser uma grande oportunidade para a população brasileira em relação à bancarização, educação financeira, democratização do crédito e melhoria da experiência do usuário com relação aos serviços financeiros em geral.


É importante ressaltar que, para que esses benefícios sejam efetivados, é preciso um sistema de proteção de dados e privacidade por parte das regras estabelecidas pelo Banco Central do Brasil, garantindo a segurança e privacidade das informações. Portanto, espera-se que a iniciativa do Open Finance possa ser um dos maiores avanço do mercado financeiro brasileiro já vistos e experimentados pela população, gerando também inúmeras novas possibilidades de negócios.


Ingrid Barth, COO e fundadora do banco Linker e presidente da Abstartups Colunista

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