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DNVBs: empresas digitais, personalizadas e potentes

A transformação digital está cada vez mais impactando a estrutura de empresas e moldando os novos modelos de negócio. Seguindo por esse caminho surgem as marcas nativas digitais, que crescem exponencialmente a cada dia. Confira o que é uma DNVB e alguns exemplos de sucesso brasileiro.

De acordo com o estudo The Consumer Content Report: Influence in the Digital Age, 86% da geração Millennial afirma que a autenticidade é algo muito importante na hora de decidir quais marcas vão apoiar. Mas antes de continuarmos esse assunto, você sabe o conceito por trás da sigla DNVB? Confira abaixo um review sobre o tema.


O que é uma DNVB?

As DNVBs (Digitally Native Vertical Brand) são empresas que nasceram e possuem seu sistema dentro do ambiente digital. Nesse tipo de negócio, as marcas adotam o modelo D2C (direct to consumer), onde ficam responsáveis ciclo completo de compra do consumidor, desde o marketing até o suporte no pós venda. Nesse modelo, as DNVBs são capazes de proporcionar uma experiência única, personalizada e agradável ao cliente, criando uma maior conexão com seu público alvo.


Agora sabendo dessa definição, você deve estar se perguntando, qual a vantagem de se ter um negócio individualizado diante de tantos e-commerces no mercado? A resposta está na experiência do usuário. Quando um cliente possui uma experiência positiva, a tendência é que ele realize uma compra novamente, e quando se sente conectado com o propósito da marca, acaba a divulgando organicamente, virando um promotor do negócio.


E-commerce X DNVBs: qual a diferença?

A principal distinção é que o e-commerce é um canal, enquanto as DNVBs são marcas. No fim, as empresas nativas digitais também podem optar pela utilização do e-commerce na hora das vendas, embora outras também prefiram além do digital, criar suas próprias lojas físicas para tangibilizar a conexão com o consumidor.


Para entender essa proximidade - ou a falta dela - com os clientes, pegamos o exemplo da Nike no Brasil. Recentemente, a Centauro comprou a distribuição exclusiva dos produtos Nike por um período de 10 anos no país. Com isso, a gigante esportiva perderá grande parte do controle do processo de divulgação, distribuição e pós venda dos seus produtos no Brasil, além de não ter acesso a informações dos clientes que consomem sua marca. Quando falamos de DNVBs o objetivo é totalmente outro, ter dados para produzir produtos cada vez mais personalizados.

Uma outra característica forte desse modelo de negócio é a utilização das redes sociais. Em muitos casos, a produção de conteúdo aliada com a interação não tem a intenção direta de venda, mas de uma primeira conexão verdadeira que perdura até a compra.


Recentemente algumas companhias vem investindo fortemente na categoria, como por exemplo a holding de marcas digitais Merama e a brandtech Adventures, que anunciaram interesse em comprar empresas apenas com esse modelo de negócio. Além disso, investidores anjo são outra opção para o início das marcas, contribuindo não só financeiramente, mas com conhecimento, rede de contatos e experiência prévia.


Como se não bastasse, não podemos deixar de falar dos custos. Não ter intermediários em diferentes partes do processo faz com que os gastos totais sejam reduzidos.

Exemplos de DNVBs que deram certo no Brasil

Fundada em 2012 por Dominique Oliver, é uma marca de moda feminina pioneira nesse mercado. Com as vendas 100% concentradas no digital por anos, há algum tempo decidiram também investir em lojas físicas. A grande diferença é que apesar dos clientes experimentarem as peças pessoalmente, a realização da compra ainda é feita no digital através de computadores presentes nas lojas.

Dominique, que segue a frente da companhia desde a sua fundação, afirmou que pretende aumentar em 50% suas vendas em 2021. Atualmente a empresa possui cerca de 450 funcionários.


Fundada em 2016 por Henrique Castellani, a LivUp produz refeições orgânicas e opções mais saudáveis de alimentação para diferentes horários. A companhia que começou apenas com alimentos congelados, hoje já possui uma rede cadastrada em diferentes deliveries para entrega de comidas frescas.

Além disso, com um forte posicionamento no Instagram, usam como estratégia de marketing constantes parcerias com influenciadores de médio/grande porte para divulgação de seus produtos.

Vale lembrar que em 2021 receberam um aporte de R$ 180 milhões em sua rodada Série D, liderada por Lofoten Capital, Kaszek e Thorn Tree Capital Partners junto a um adicional de R$ 50 milhões da Globo Ventures. Quando falamos sobre faturamento, em 2020 chegaram a R$ 100 milhões e objetivo é que até dezembro deste ano dobrem esse resultado.


A Sallve é uma marca de cuidados com a pele criada pelos empreendedores Daniel Wjuniski, Marcia Netto e Julia Petit. Pioneira nos blogs brasileiros, Julia ajudou a fixar a marca digitalmente a partir da legião de fãs que já há conheciam, assim como com a influencia dos produtores de conteúdo dos mais diversos segmentos.

O negócio, que começou em 2019 com apenas um produto, já construiu um portfólio de 12 dermocosméticos. Em maio de 2021, a marca levantou R$ 110 milhões para financiar um plano de desenvolvimento de produtos. Atualmente, a companhia tem nomes como Atlântico, Quartz, Astella, Canary, Kaszek, Waldencast investindo em seu negócio.


Natti Vozza - BYNV

A marca byNV foi fundada no final de 2009 pela influencer Natti Vossa. Inicialmente, a companhia tinha como objetivo oferecer novas opções de compra para as seguidoras do seu blog Glam4You, que se identificavam com o estilo e gostos da blogueira.

Recentemente, a companhia foi vendida por R$ 210 milhões para o grupo Soma, dono de outras marcas como Farm e Animale. Além do digital, hoje a byNV possui 5 lojas físicas e sua média de faturamento fica em torno de R$ 200 milhões por ano.

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