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Apple x Facebok: qual o futuro da internet?

A disputa entre Apple e Facebook não é de hoje e sempre que possível os CEOs das bigtechs fazem questão de escrever um novo capítulo. O mais novo evidencia ainda mais a diferença entre a visão sobre o futuro das empresas a cerca da utilização dos dados.

Não é de hoje que Mark Zuckerberg fala sobre a Apple ser um dos seus concorrentes mais formidáveis, entretanto não ele deixa também reforçar a interferência da plataforma no funcionamento de apps do Facebook. A disputa se intensificou após a Apple lançar novos recursos de privacidade para os dispositivos iOS que impactam diretamente na capacidade dos anunciantes de usar o recurso de rastreamento de usuário.


Tal mudança expos o Facebook de uma forma que seus rivais de busca como Google e Amazon não foram. Isso porque o recurso de rastreamento direciona os usuários por interesse, além de ajudar na medição de clicks por anúncio. Para o Facebook, a medida trará um dano profundo, entretanto para outros analistas a mudança não terá um grande impacto a longo prazo sobre a bigtech, embora admitam que a mesma exigirá um grande investimento em outras soluções.


Os últimos relatórios de ganhos do Facebook mostram que as medidas estão começando a ter impacto nos negócios de publicidade. A companhia culpou a mudança ao não cumprir as expectativas de Wall Street sobre a receita. Além disso, anunciou novos esforços para ajudar publicidade, que incluem realidade virtual. Vale lembrar que a plataforma vem lutando para reter usuários mais jovens dentro de seus apps.


Em episódios anteriores

Mark Zuckerberg já havia comentado sobre a importância de se obter dados para a efetividade de publicidade para aplicativos gratuitos, assim como para empresas pequenas. Quem não ficou quieto foi Tim Cook, o presidente executivo da Apple.


Em um pronunciamento no dia Internacional de Privacidade de Dados, Cook falou sobre o futuro da internet, tecendo duras criticas sobre a utilização dos dados dos usuários. O grande detalhe dessa fala foi a "elegância" do executivo em não citar em nenhum momento o nome do Facebook, embora fique evidente para quem o recado estava sendo dado.



Para o executivo da Apple existe uma "teoria da tecnologia" que valoriza o engajamento e algoritmos que disseminam desinformação e teorias da conspiração para que haja a coleta de novos dados. Ele ainda afirmou "Se uma empresa se baseia em enganar os usuários sobre a exploração de dados, em escolhas que não são opções, então ela não merece nosso elogio. Ela merece reforma".


Nesse ponto, o que chama atenção é que não citar o Facebook em nenhum momento, aumenta ainda mais a força de seu pronunciamento, afinal é inevitável não pensar na maior rede social do mundo.


Mas será que é só questão de filosofia?

Quando pensamos nas duas empresas, há sim uma sinergia entre elas, afinal mais do que na mídia, ambas fazem parte da vida da população mundial. A principal diferença nesse ponto é que a Apple se vende como sendo mais que uma marca, um estilo de vida, e sabendo disso, os usuários precisam ter controle da sua privacidade.


Enquanto para o Facebook, o seu negócio está pautado na coleta de dados para o aprimoramento da experiência do usuário. E vai além, Zuckerberg sempre reafirma sobre a necessidade da venda de anúncios para que negócios consigam se manter de pé.


Para alguns essa batalha é apenas o reforço de caminhos divergentes de atuação, entretanto, essas as duas bibgtechs estão entrando em uma rota de colisão e não necessariamente terá um final amistoso para ambas.


Por isso alguns argumentos vem sendo usados e resultados divulgados

Cook afirma que a publicidade vem sendo usada há décadas sem que tenha utilização de dados dos consumidores. Além disso, para ele, a medida que os usuários ganham conhecimento sobre o rastreamento de suas informações irão optar por fornecer cada vez menos seus dados. Uma pesquisa feita pela Tap Research mostrou que 85% dos participantes não permitiriam que um aplicativo rastreasse seus dados, se tivesse a opção.


Por outro lado, o Facebook registrou receita e lucro recordes no último trimestre devido as compras online no final de ano e o aumento do uso das plataformas da empresa impulsionados por publicidade

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